Leve desespero
Passei o dia todo enfurnada em casa, vendo tevê e comendo a módicas prestações, tentando dormir e não conseguindo por conta de uma taquicardia fdp que saiu sabe deus de onde.
E como para bom entendedor meia palavra basta, nesta breve descrição subentenda-se uma agitação interna violenta. Cerebral.
Fiquei pensando nas bobagens que fiz, nas coisas que ando pensando e dizendo e no jeito com que ando encarando o mundo. E estou quase chegando à conclusão de que não tenho salvação. Estou procurando agulhas num palheiro.
A verdade é que por mais que seja divertido sair, passar a noite em claro em botecos e/ou dançando e/ou jogando sinuca, yadda yadda e gastando os tubos na rua, aquela sensação de chegar em casa e ir dormir sozinha é um arraso. A sensação de não ter quem acompanhe meu raciocínio, minha neura pseudo-intelectual, minha produção, tá bem ruim.
Acho que é isso que me angustia um pouco. Porque estar aqui, hoje, produzindo, tendo uma data de qualificação, vendo luz no fim do túnel, foi um projeto longo, suado, sofrido. E coletivo. E agora não poder compartilhar dos frutos desse trabalho com quem pariu ele comigo é um bocado frustrante.
Mas terrível mesmo é olhar em volta e só ver cariocas. Sem ofensa, sem esse negócio de somos melhores ou piores, mas eu venho de outro lugar e de outra cultura. Esse ar eternamente só as cachorra está me dando nos nervos. Não vejo charme, não vejo tutano. Só vejo chope, fugacidade e sambinha. Cadê o rock'n'roll, o metal, o jazz e blues? Alguém aqui entendeu o Alta Fidelidade?
É por isso que gostei tanto do Bukowski. Tem um sofá onde posso me sentar e ficar confortavelmente sozinha, pensando - que é o que faço de melhor sem encher o saco dos outros. Sorry.
Fez algum sentido? Acho que não. Mas tava na ponta dos dedos e saiu...
E como para bom entendedor meia palavra basta, nesta breve descrição subentenda-se uma agitação interna violenta. Cerebral.
Fiquei pensando nas bobagens que fiz, nas coisas que ando pensando e dizendo e no jeito com que ando encarando o mundo. E estou quase chegando à conclusão de que não tenho salvação. Estou procurando agulhas num palheiro.
A verdade é que por mais que seja divertido sair, passar a noite em claro em botecos e/ou dançando e/ou jogando sinuca, yadda yadda e gastando os tubos na rua, aquela sensação de chegar em casa e ir dormir sozinha é um arraso. A sensação de não ter quem acompanhe meu raciocínio, minha neura pseudo-intelectual, minha produção, tá bem ruim.
Acho que é isso que me angustia um pouco. Porque estar aqui, hoje, produzindo, tendo uma data de qualificação, vendo luz no fim do túnel, foi um projeto longo, suado, sofrido. E coletivo. E agora não poder compartilhar dos frutos desse trabalho com quem pariu ele comigo é um bocado frustrante.
Mas terrível mesmo é olhar em volta e só ver cariocas. Sem ofensa, sem esse negócio de somos melhores ou piores, mas eu venho de outro lugar e de outra cultura. Esse ar eternamente só as cachorra está me dando nos nervos. Não vejo charme, não vejo tutano. Só vejo chope, fugacidade e sambinha. Cadê o rock'n'roll, o metal, o jazz e blues? Alguém aqui entendeu o Alta Fidelidade?
É por isso que gostei tanto do Bukowski. Tem um sofá onde posso me sentar e ficar confortavelmente sozinha, pensando - que é o que faço de melhor sem encher o saco dos outros. Sorry.
Fez algum sentido? Acho que não. Mas tava na ponta dos dedos e saiu...
0 Comments:
Post a Comment
<< Home