Bad medicine
Já que este final de dia está se puxando na escrotidão, pelo motivos a saber:
1) fiquei DUAS HORAS enfiada num ônibus pra vir do Galeão até em casa;
2) nestas DUAS HORAS estive sofrendo de dor de cabeça e cólicas, quadro típico das segundas-feiras que está casualmente atrasado;
3) por conta destas DUAS MALDITAS HORAS acabei me atrasando e não pude comparecer a uma reunião;
4) chego em casa e descubro que o maluco doidivanas da hora não desistiu de me escrever com juras de amor - note-se que eu nunca vi o sujeito, atualmente a mais de 1500 km do Rio de Janeiro e com quem troquei UM e-mail que versava sobre genealogia;
não custa escrotizar de vez o dia e tascar os episódios médicos recentemente ouvidos, que de tão bons parecem até piada. Mas são verídicos. Os ginecológicos ocorreram em Petrópolis; o dermatológico em Porto Alegre.
1) A mulher dá entrada na emergência, urrando de dor, com infecção, pedindo pelo amor de deus um analgésico. O (santo) plantonista deita a sujeita na maca e pede que ela abra as pernas - movimento quase que seguido de desmaio do dito plantonista, tamanho o cheiro exalado. Sabe o liquidificador de merda de Copacabana? Eu imagino aquilo. Aí o sujeito se mune de toda a ética médica que aprendeu na escola e vai lá, examinar a criatura. E com a pinça ele tira lá de dentro (sim, de lá mesmo, de onde vocês estão pensando) um BIFE PODRE enrolado. E a mulher entra em desespero. "Não doutor, não tira isso daí não que tem que ficar mais uma semana senão não dá certo!!"... enquanto o doutor usa de seus instrumentos para desenrolar o bife e descobrir que dentro há um papelzinho escrito "Reginaldo".
2) O mesmo plantonista, meu candidato à próxima canonização brasileira, explicando para uma senhorinha que ela está com candidíase e precisa tratar. Didaticamente, ele dá todas as instruções, de que o companheiro também precisará de tratamento, etc. E ela, candidamente como convém, pergunta "Mas do que é que o sr. está falando?". E ele responde "Dessa gosminha branca, senhora". E ela "AAAAhhh não, doutor, não mexe nisso aí não que é o queijinho do meu marido e ele adora!!"
3) O sujeito vai na dermatologista com uma bolinha branca nas costas. Diagnosticado o cisto sebáceo e prescrito o tratamento, vira-se o sujeito e pergunta "Tá, doutora, mas aí eu vou parar de ouvir as vozes?" A médica, não totalmente certa de que entendeu a pergunta: "Hein?" "É doutora, é porque essa bolinha aí fala comigo." Aí, ao invés de uma receita dermatológica, o sujeito evidentemente ganhou um encaminhamento pro setor psiquiátrico do hospital.
É pra onde eu quase vou. Só não vou porque algumas pequenas coisinhas salvam o dia, a saber:
1) Chego em casa e tem mails contando que há esperança no mundo, violinos são o que há na face da terra e dançar cura até frieira, eu aposto;
2) Alguma boa alma que não sei quem foi resolveu relançar uma música do disco velho do Maroon 5 na rádio e, por conta disso, escuto Sunday Morning com uma frequência adorável;
3) Alguma alma resplandecente resolveu tocar Adrienne, do Calling, no rádio hoje, minutos depois de eu mentalizar que gostaria muito de ouvi-la;
4) Ambas as músicas me trazem boas e doces lembranças. Só não são tão doces nem tão boas porque, enfim, a vida é uma merda mesmo. Maaaas,
5) sempre há a possibilidade de ir tomar um chopinho daqui a pouco. No caso específico deste dia maldito, uma Guinness me aguarda, se eu tiver forças e humor para sair de casa.
1) fiquei DUAS HORAS enfiada num ônibus pra vir do Galeão até em casa;
2) nestas DUAS HORAS estive sofrendo de dor de cabeça e cólicas, quadro típico das segundas-feiras que está casualmente atrasado;
3) por conta destas DUAS MALDITAS HORAS acabei me atrasando e não pude comparecer a uma reunião;
4) chego em casa e descubro que o maluco doidivanas da hora não desistiu de me escrever com juras de amor - note-se que eu nunca vi o sujeito, atualmente a mais de 1500 km do Rio de Janeiro e com quem troquei UM e-mail que versava sobre genealogia;
não custa escrotizar de vez o dia e tascar os episódios médicos recentemente ouvidos, que de tão bons parecem até piada. Mas são verídicos. Os ginecológicos ocorreram em Petrópolis; o dermatológico em Porto Alegre.
1) A mulher dá entrada na emergência, urrando de dor, com infecção, pedindo pelo amor de deus um analgésico. O (santo) plantonista deita a sujeita na maca e pede que ela abra as pernas - movimento quase que seguido de desmaio do dito plantonista, tamanho o cheiro exalado. Sabe o liquidificador de merda de Copacabana? Eu imagino aquilo. Aí o sujeito se mune de toda a ética médica que aprendeu na escola e vai lá, examinar a criatura. E com a pinça ele tira lá de dentro (sim, de lá mesmo, de onde vocês estão pensando) um BIFE PODRE enrolado. E a mulher entra em desespero. "Não doutor, não tira isso daí não que tem que ficar mais uma semana senão não dá certo!!"... enquanto o doutor usa de seus instrumentos para desenrolar o bife e descobrir que dentro há um papelzinho escrito "Reginaldo".
2) O mesmo plantonista, meu candidato à próxima canonização brasileira, explicando para uma senhorinha que ela está com candidíase e precisa tratar. Didaticamente, ele dá todas as instruções, de que o companheiro também precisará de tratamento, etc. E ela, candidamente como convém, pergunta "Mas do que é que o sr. está falando?". E ele responde "Dessa gosminha branca, senhora". E ela "AAAAhhh não, doutor, não mexe nisso aí não que é o queijinho do meu marido e ele adora!!"
3) O sujeito vai na dermatologista com uma bolinha branca nas costas. Diagnosticado o cisto sebáceo e prescrito o tratamento, vira-se o sujeito e pergunta "Tá, doutora, mas aí eu vou parar de ouvir as vozes?" A médica, não totalmente certa de que entendeu a pergunta: "Hein?" "É doutora, é porque essa bolinha aí fala comigo." Aí, ao invés de uma receita dermatológica, o sujeito evidentemente ganhou um encaminhamento pro setor psiquiátrico do hospital.
É pra onde eu quase vou. Só não vou porque algumas pequenas coisinhas salvam o dia, a saber:
1) Chego em casa e tem mails contando que há esperança no mundo, violinos são o que há na face da terra e dançar cura até frieira, eu aposto;
2) Alguma boa alma que não sei quem foi resolveu relançar uma música do disco velho do Maroon 5 na rádio e, por conta disso, escuto Sunday Morning com uma frequência adorável;
3) Alguma alma resplandecente resolveu tocar Adrienne, do Calling, no rádio hoje, minutos depois de eu mentalizar que gostaria muito de ouvi-la;
4) Ambas as músicas me trazem boas e doces lembranças. Só não são tão doces nem tão boas porque, enfim, a vida é uma merda mesmo. Maaaas,
5) sempre há a possibilidade de ir tomar um chopinho daqui a pouco. No caso específico deste dia maldito, uma Guinness me aguarda, se eu tiver forças e humor para sair de casa.
2 Comments:
1) I can hear the sounds of violins, long before it begins. Make me thrill as only you know how, sway me smooth, sway me now (aiai...)
2) A bolinha era preta!
3) Acho que tu tem um cisto sebáceo que ainda por cima diz que tu quase foi carregada. Acho que tu tem que ir na dermato pedir p/ parar de ouvir vozes e tirar essa maldita coisa redonda das tuas costas! :P
Pra tu ver o que faz a auto-sugestão. Pensando bem, quando eu ouvi a história ninguém falou em cor de bolinha. Imaginação fértil desta narradora que vos fala!
E quanto ao terceiro comentário, é de longe o melhor de todos os que eu já recebi aqui. Afff que verve, benzadeus!!
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