Camila, Camila
Fiquei olhando pra ela.
Aquelas mãozinhas tão pequenas, de dedos tão finos, uma segurando um cigarro e a outra um copo de chope. E a voz, e o gestual, tudo ainda meio desengonçado e desencontrado de um corpo verdadeiramente feminino. Algo de pueril à flor da pele. Calculei.
E acertei. Dezessete. Apenas dezessete anos.
Dezessete anos e todo o amor do mundo para dar, que seja eterno enquanto dure.
E eu do lado de cá, uma quase balzaca em cuja cabeça ecoam as palavras do mímico: Love disappears.
Aquelas mãozinhas tão pequenas, de dedos tão finos, uma segurando um cigarro e a outra um copo de chope. E a voz, e o gestual, tudo ainda meio desengonçado e desencontrado de um corpo verdadeiramente feminino. Algo de pueril à flor da pele. Calculei.
E acertei. Dezessete. Apenas dezessete anos.
Dezessete anos e todo o amor do mundo para dar, que seja eterno enquanto dure.
E eu do lado de cá, uma quase balzaca em cuja cabeça ecoam as palavras do mímico: Love disappears.
posted by Luciana Grings at 9:49 PM
2 Comments:
eu sou daquelas que fica olhando para meninas assim e pensando: "ah... se eu tivesse a idade dela com a cabeça que tenho... ah..."
a vantagem é que ela tem a idade dela com a cabeça que tínhamos na idade dela.
seria muita injustiça divina se fosse o contrário.
:)
Eu nem consegui pensar nisso, sabe?
Não queria ter nem aquela cabeça, nem aquele corpinho. Me prefiro hoje, mais harmônica, mais ciente do espaço que ocupo, menos desengonçada, mais sólida, sem me preocupar com a diferença entre estágio e trainee...
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