Wednesday, March 29, 2006

Pra não dizer que não falei de flores

Só pra não cometer uma baita injustiça: hoje continuei na minha odisséia atrás de livros acadêmicos pelas livrarias desta cidade. E pra não apelar pra Fnac, que fica láaaaaa do outro lado do mundo, fui na Prefácio, bem à mão ali em Botafogo.
Tá, eles já começam perdendo alguns pontos porque não tem terminal de auto-atendimento. Mas aí fiquei um bom tempo perdida naquelas estantes de tantos títulos e assuntos interessantes antes de tentar falar com um atendente – que, aliás, ostenta um bottonzinho meio pequeno pra podermos identificá-lo no meio do povo.
Mas aí fui falar com o atendente. Comecei pelo simples. Pedi assim: “eu estou procurando um livro do Norbert Elias, é uma biografia do Mozart”. E ele instantaneamente replicou “Esse eu tenho” e saiu em direção à estante de sociologia, que eu tinha acabado de olhar. Cá com os meus botões, praguejei. Mas surge ele com o livro, escondido numa sombra invisível para qualquer um que não sente no chão. Sensacional.
Aí saquei da minha listinha e o milagre se fez. Ele não tinha nenhum dos outros livros, mas chegou ao requinte de ouvir “Identidade cultural na pós-modernidade” e replicar “É do Stuart Hall, né? Esse eu encomendei e chega amanhã”. Dos outros, dois ele já teve e se prontificou a encomendar. Muito eficiente, esse Roberto.
Ah sim, e continuando a propaganda não solicitada mas de bom grado feita: a Prefácio é uma graça, o clima é muito legal e eles tem um café ótimo.

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