Friday, July 07, 2006

Coisas bobas

Às vezes as coisas marcam a gente por algo inexplicável. Nem Bergson ousaria arriscar, porque não tem nada a ver com a intensidade, nem com a dor, nem com nada do que diz a teoria oficial da memória. Talvez Walter Benjamin esclareça.
Enfim.
Fato é que me marcou deveras uma conversa com um queridíssimo amigo tida recentemente através desta maravilha que é o MSN. Ele me falando das características etílicas da sua família, e no momento exato marcante da irmã mais nova:
"Ah, ela é adolescente, né, se apaixona por qualquer hi-fi".
Poisé. Tô eu aqui me sentindo a maior das pós-adolescentes. Só hoje foram quatro. :)
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De fato, estou votando no MSN como uma das maravilhas do mundo moderno. Só ele me dá a chance de falar com a Florida e com Porto Alegre de graça. E com filminho! hehehe... E ainda faço um showroom!
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Hum... mais coisas bobas...
Cá shtou agurdando a ntrevishta da shpecialishta em Pedro I, ó pá. Él éra unpicaréta, maish él era pai d'Pedrinhu. Q'eu adoro, ó pá. P2 é o máximo.
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Nada que um fim de tarde completamente guaibano não faça pela gente. Hoje fui à praia de Copabacabana, quatro da tarde. O céu estava one hundred percent Guaíba. Aquele tom rosa rebatendo no mar calmíssimo. E eu, sentadinha num dos bancos do calçadão, olhando aquilo tudo enquanto o chimas amigo me acompanhava.
Voltei pra casa numa paz de espírito como há muito não sentia. Vontade de abraçar o mundo.
Até consegui escrever uns humildes parágrafos.
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E continuo exercendo o bom e velho fascínio sobre crianças e velhos.
Há um tempo atrás, eu atribuía o fascínio das crianças ao cabelo vermelho.
Mudei de idéia quando aquele menino gentilíssimo me abordou no super, lembram?
Mas os velhos... sabe deus por que.
Hoje dois pararam pra falar comigo enquanto estava ali sentada. Um deles interrompeu sua caminhada, de longe. "Gaúcha de onde?"
"De Porto Alegre".
"Que ótimo!! Eu tomo chimarrão todo dia ao amanhecer ali perto do Forte. Foi um prazer!!"
Igualmente.
O segundo chegou uns minutos depois.
"Você é gaúcha de onde?"
"De Porto Alegre."
"Ah que interessante!". E sentou.
"Eu morei um tempo em Uruguaiana. Era da Marinha" e ficou uns bons dez minutos ali, me contando a vida, me perguntando coisas.
E me prometeu me encontrar de novo, já que eu devia estar sempre por ali. Seu Ilson.
Saí dali com a certeza absoluta: PRECISO escrever sobre o chimarrão e a identidade gaúcha. Um chimarrão é a garantia de gauchismo. Ou pelo menos de identificação. Vou fazer o teste com uma cuia uruguaia pra ver qual é a abordagem.

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