Saturday, February 10, 2007

Garçom

O original:


Transcrevo:

Já dizia Herbert Vianna, apud ABREU, "a vida nem sempre é boa". E nem na hora de escrever em guardanapos de boteco eu largo esses cacoetes biblio-ridículos. Mas talvez a tristeza tenha lá a sua beleza.
Hoje saí pra não ficar em casa. Acho que ando vendo Sex and the City demais, e pensando demais, e achando demais que um dia haverá um Mr. Big perdido por estas esquinas do Rio. Saí pra não ficar pensando sozinha - pelo menos, não fisicamente.
Você tem medo do silêncio
Você tem medo do escuro
Você prefere um incêndio
Você se esquenta no barulho
Aí vim aqui, pensar no meio de 300 desconhecidos e escrever à mão - ah raridade - o que não suporto mais martelando aqui.
Para isso, escolhi uma roupa nadaver com nenhuma intenção - e todos viram algo. Hoje todo mundo me achou bonita, especial e magra. Para um, eu disse a verdade; para outro, uma meia-verdade simpática.
No fundo, encostada nessa mesma parede, sentada no mesmo banco, no mesmo canto do balcão: tô meio de saco cheio disso tudo. Meio de saco cheio de S-T-Q-Q-S-S-D and over and over and over again.
Sim, tô distímica. Cinza total. E poderia recitar dúzias de músicas aqui a esse respeito, mas prefiro nem pensar muito; tenho uma maquiagem a preservar, algum sono e nenhum afeto que me mantenha alive & kicking. Vazio, vazio.
ca. 1 da manhã.
E é só isso.

***
Às vezes parece piada.
"In each part a real love" só pode ser piada.
Sim. Só pode ser piada.
Fear of the Dark SÓ PODE SER PIADA.

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