Sunday, August 26, 2007

Sweet child o'mine

Ela entrou oficialmente na vida "adulta" como uma lolita. Olhos marcados, cílios alongados pelo rímel, as longas unhas vermelhíssimas e o fetiche supremo, uma cinta-liga branca escancaradamente à vista entre o scarpin preto e a microssaia jeans.
Sad but true: me senti bem com isso. Na verdade, acho que nunca tinha me sentido tão bem comigo mesma.
Eu, quase balzaca, meio gordinha, com estrias e celulite, inseguranças e problemas, mas tão em mim, tão ciente do que é preciso (e do que não é) para ser mulher. Tão inteira em all-stars de ovelhinhas que entendi que o fetiche é pra ser um prêmio, não uma anunciação. Tão feliz em poder incorporar que o feminino não depende de nada do que se veste, mas sim do que se é.
E estava tão feliz com a minha inteireza que me perdi naquela noite.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home