Monday, October 22, 2007

É uma partida de futebol

Atrasado e incompleto pela total falta de saco, mas lá vai meu comentário sobre o jogo recorde de público deste Brasileirão: não vou mais a estádio. Pelo menos não em jogo concorrido.
Porque a torcida parece que legitima as pessoas a virarem bestas. Galinhas empoleiradas naquelas porcarias de bancos, ao invés de sentarem. E quando o primeiro babaca levanta e sobe na cadeira, pronto, tá feito o estrago e ninguém mais consegue ver nada se não estiver em pé, mal-educadamente com suas patas imundas sobre as cadeiras.
Estar numa torcida em estádio lotado supre o sujeito de super-poderes verborrágicos e apaga da sua conduta qualquer vestígio de civilidade. Legal é ser escroto e chamar as torcedoras do outro time de "piranhas", enquanto cospe, joga cerveja na cabeça dos outros e manda o universo tomar no cu. Tudo isso porque tem alguém por perto que ousa não torcer para o mesmo time. E ainda tem os idiotas, ou corajosos, ou sem-noção, que carregam crianças, até de colo, pra esse espetáculo deprimente da natureza humana aflorando. Não vou me admirar se um dia aparecer algum imbecil com um tacape - nada seria mais apropriado.
Aquele clima de hostilidade que deixa todo mundo tenso, e um policial a cada cinco metros com um cassetete pronto pra atacar. E aqueles cachorros presos por uma cordinha.
Em resumo: a torcida do futebol brasileiro dá o atestado de burrice mais elementar, e eu realmente não tenho porque me sujeitar a isso.

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