Another brick in the wall
Assisti hoje a mais bela defesa de dissertação que já vi.
Era de uma orientanda de pós-graduação em Educação, e versava sobre Nietzsche e a educação, especificamente sobre educação para criação e não para a repetição.
A moça, calma e no controle, estava claramente apaixonada pelo tema. Tão apaixonada que conseguiu um doutorado na Inglaterra. E foi aprovada com louvor e recomendação de publicação.
E entendo todas as angústias dela. Porque eu também, certa vez, pedi que meus alunos pensassem no sentido das coisas que liam e não fui compreendida. Eu também defendi a educação freireana, dialética, dialógica, e fui encarada como um et. Eu também tentei levar em conta a vida e as experiências prévias de cada um numa co-construção e só recebi caras estranhas que esperavam provas de xizinho.
Me assusta pensar na graduação brasileira como um pós-segundo grau (ai como eu tô velha. onde lê-se segundo grau, leia-se nível médio). Porque é isso que é, mesmo. A educação superior no Brasil é uma continuação do nível médio. Ficamos reproduzindo comportamentos colegiais enquanto deveríamos estar formando pensadores, especialistas, técnicos de alto nível. Quando muito conseguimos formar alguém que usa uma crase com competência!
E aí chega um professor com uma proposta diferente e é rechaçado. Porque é mais cômodo e mais conhecido ficar se matando de estudar pra uma prova f*dida no final do semestre do que pensar sobre o que está acontecendo fora das grades do condomínio - e, heresia das heresias, refletir e produzir sobre o assunto.
Então, caros e caras, a situação pra mim é feia. Que pena. Continuamos moendo cabeças em nome da comodidade.
Era de uma orientanda de pós-graduação em Educação, e versava sobre Nietzsche e a educação, especificamente sobre educação para criação e não para a repetição.
A moça, calma e no controle, estava claramente apaixonada pelo tema. Tão apaixonada que conseguiu um doutorado na Inglaterra. E foi aprovada com louvor e recomendação de publicação.
E entendo todas as angústias dela. Porque eu também, certa vez, pedi que meus alunos pensassem no sentido das coisas que liam e não fui compreendida. Eu também defendi a educação freireana, dialética, dialógica, e fui encarada como um et. Eu também tentei levar em conta a vida e as experiências prévias de cada um numa co-construção e só recebi caras estranhas que esperavam provas de xizinho.
Me assusta pensar na graduação brasileira como um pós-segundo grau (ai como eu tô velha. onde lê-se segundo grau, leia-se nível médio). Porque é isso que é, mesmo. A educação superior no Brasil é uma continuação do nível médio. Ficamos reproduzindo comportamentos colegiais enquanto deveríamos estar formando pensadores, especialistas, técnicos de alto nível. Quando muito conseguimos formar alguém que usa uma crase com competência!
E aí chega um professor com uma proposta diferente e é rechaçado. Porque é mais cômodo e mais conhecido ficar se matando de estudar pra uma prova f*dida no final do semestre do que pensar sobre o que está acontecendo fora das grades do condomínio - e, heresia das heresias, refletir e produzir sobre o assunto.
Então, caros e caras, a situação pra mim é feia. Que pena. Continuamos moendo cabeças em nome da comodidade.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home