Tuesday, February 27, 2007

Por um triz

Olha, foi por um pentelho mesmo.
Quem mora sozinho um dia acaba se denunciando. Mostra pra todo mundo que, como diria a minha fraseira carioca favorita, não tem parente no Rio, nem um amigo, nem ninguém pra avisar do ridículo.
Tô eu aqui me arrumando que nem um gato dentro de casa, para não acordar os hóspedes. Isso quer dizer que já deixo roupa e sapato separados na noite anterior e só acendo a luz do banheiro ou da cozinha depois que já entrei e fechei a porta. Café e e-mail, ficam pra quando eu chegar na BN.
Aí aconteceu que ontem eu, já meio dormindo, separei uma saia linda linda que eu adoro pra usar hoje. Depois da operação gato-sai-pra-trabalhar-cedo, tô saindo do prédio quando uma moça que estava conferindo a correspondência me chama.
Moça? Psiu! Moça?
E eu já estava na calçada.
Sim?
A sua saia está descosturada na altura da bunda.
E não era um descosturado qualquer. Era um rombo de um palmo.
A desgraçada da saia que eu usei duas vezes, de tão vagabunda, pelo visto não suportou nem a lavagem à mão.
Subi correndo e troquei de saia. E bastou eu pisar na rua pra ver: essa sem-vergonha também já tem um furinho na malha. Esse, pelo menos, discreto o suficiente pra disfarçar, mas grande que chega pra condenar a ordinária.

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