Saturday, February 24, 2007

Life / Blues da piedade

Com hóspedes em casa, eu me obrigo a ir fazer programinhas que eu não faria sozinha. Tipo ir passar umas horinhas sob o sol escaldante de sábado de fevereiro no Rio de Janeiro, tomando uma cervejinha num quiosque no calçadão.
E aí eu me obrigo a citar a Wanessinha: se um dia eu fui pobre, não me lembro. Ô vidinha maomenos... ceva, sol e preguiça. Tanta preguiça que, embora as engrenagens estejam a mil, não consigo sentar e escrever. Dane-se.

***
Ah, mas tem uma coisa que eu quero dizer aqui.
Esses dias recebi um apelo para que não publicasse nada sobre minhas dores, meus pequenos draminhas e problemas. Pra que eu não me fragilizasse em público, a fim de evitar o júbilo alheio.
Eu prometi pensar no assunto, mas aí li e fiquei sabendo de algumas teorias que só corroboram o que eu penso. Trata-se da lei da atração universal. Trocando em miúdos, Nietzsche estava corretíssimo: quando a gente olha demais para o abismo, o abismo olha pra gente. Quando a gente pensa ruim, atrai coisas ruins; quando a gente pensa pro bem, atrai o bem.
Como eu, apesar dos pequenos problemas cotidianos, tenho um abismo cheio de coisas boas e de uma felicidade tranquila, quero mais é que os invejosos, os recalcados e os fuxiqueiros do mal se explodam.
Cantarei como Cazuza, pedindo piedade para os miseráveis que vagam pelo mundo derrotados, caretas e covardes. E continuarei manifestando aqui toda a humanidade que me é possível: às vezes frágil, geralmente forte, mas sempre verdadeira e digna.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Concordo contigo quanto a publicar draminhas e afins. Meu pobre blog vive disso. Os invejosos ficam com peninha e param de me rogar suas pragas.

4:25 PM  

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