Wednesday, March 21, 2007

Always believed in you

"As mulheres comuns não tocam jamais nossa imaginação. Elas são limitadas pelo seu século. Jamais são transfiguradas pelo encanto. Compreendemos com tanta facilidade seu espírito quanto conhecemos seus chapéus. Sabemos sempre onde encontrá-lo. Em nenhuma delas podemos encontrar mistério. Elas andam a cavalo de manhã pelo parque e tagarelam em volta do chá à tarde. Têm um sorriso estereotipado e se comportam de acordo com a moda." (Wilde)

"Existe uma força da natureza, segundo Schopenhauer, que atrai dois indivíduos de sexo diferentes, um para o outro. Schopenhauer nomeou este fenômeno como Geschlechtliebe, ou seja, "amor sexual". Para Schopenhauer o amor é enganador, uma resposta imediata a um tipo de "gênio da espécie" que nos obriga a procriar. Se existe um "querer", esse querer é para nós poderosamente atrativo enquanto pulsão sexual.
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No livro II de O mundo como vontade e representação, Schopenhauer nos remete até a explicação etiológica da natureza, sugerindo que essa explicação não poderá dar conta de compreender as forças internas dos fenômenos, uma vez que tudo o que podemos ver são as forças da natureza ocorrendo, sem o entendimento do porquê elas ocorrerem.
Sabedores de que o mundo é representação, nós nunca poderemos conhecer os trabalhos internos do mundo, devemos desvelar o significado desta representação. A resposta à qual Schopenhauer chegou foi de que o mundo é vontade. Todos nós, seres senscientes, temos uma vontade própria e ainda assim esta se encontra inserida numa vontade universal, em natureza.
Logo, será exatamente neste ponto que a sexualidade sobe ao palco da vida humana. Schopenhauer afirma: nossa vontade imediata é o nosso corpo, sendo todo corpo uma vontade objetivada. O corpo então, sendo condição de conhecimento da vontade de qualquer um, fornece miríades de apelos."

(ROCHA, Fabio Liborio. Schopenhauer e o Assassinato do Desejo. Palmas: Kaygangue, 2003. p. 77-78)

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