Sunday, March 25, 2007

The great gig in the sky

Sexta feira corrida, pra coroar uma semana difícil.
QUATRO HORAS sentada numa sala de espera aguardando para finalmente descobri que estou curada de mais um trauma, graças a Deus.
Voar pra casa pra largar a bolsa e trocar de roupa.
No meio do caminho rumo à Apoteose, trocar de idéia. Não vou de metrô, vou com meus amigos.
Os mesmos amiguinhos enrolados de sempre que se atrasam pra tudo e ainda ficam putos porque Roger Waters, O Supremo Lorde Inglês, começou o show com a afamada pontualidade britânica.
Nove e meia em ponto, a banda começou. E a multidão carioca, que desconhece os significados intrínsecos no ato de marcar um horário, se acotovelando nos bretes feito uma boiada indo para o abate.
Passar dos bretes já foi um suplício, mas foi pior achar um lugar onde se conseguisse ver alguma coisa. Enfim, achado o lugar e constatado que eles sempre fazem o palco um pouco mais baixo do que deviam, lá estava ele. Waters e companhia. Desta vez ele trouxe dois dos meus músicos favoritos que participaram do dvd In the Flesh: Jon Carin, tecladista, e Graham Broad, baterista. Também vieram os indispensáveis Snowy White e Andy Fairweather Low, que tive o prazer de assistir pela terceira vez. Uma das vocalistas do dvd também veio e arrasou.
Neste show a superação ficou por conta do telão no palco. Indescritível. Projeção de altíssima qualidade. E o porco, tão esperado, estava lá pichado com frases meio clichê do tipo "Hey killers leave our kids alone". Ganhou os céus depois de uns minutos e alguns de nós ficaram pensando onde é que essa porcaria vai cair... e eu cá no chão, sentindo falta de Dogs.
A opção de tocar Southampton Dock num formato mais acústico foi certeira. O tilt no som no meio do primeiro bloco pegou todo mundo desprevenido. O segundo bloco, uma interpretação impecável do Dark Side of the Moon. Tão impecável que foi apenas cinquenta segundos mais rápida do que o disco original.
E no bis, o coral infantil em Another Brick in the Wall foi genial.
Enfim. O show foi sensacional, mas o primeiro foi melhor. Talvez por ser mais impactante, por muitos de nós nunca terem visto o som quadrifônico funcionando de verdade, aquele primeiro show vai ficar na memória. Este também, mas mais pela lenda do lado escuro da lua do que propriamente pela exibição quase hermética de tão impecável.

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