Wednesday, August 16, 2006

Mea culpa

Pois é. Recomeçaram as aulas e, portanto, recomeça um certo ritmo que é até saudável para a minha sanidade mental. Porque esse negócio de estar de varde com quinhentas coisas pra fazer... já vi tudo: viro uma culpada incorrigível.
Porque sei que tenho aquela pilha monstruosa de coisas pra ler, coisas importantes. Sei que não posso deixar de lado o trabalho. Sei que tenho (mais) duas entrevistas pra transcrever, três, portanto, pra analisar, uma apresentação de simpósio pra bolar, um seminário cuja bibliografia preciso revisar, tenho que ligar pra Light, preparar meu ouvido pra um pré-simpósio imperdível em inglês, yadda yadda yadda.
Mas eu SEMPRE posso empurrar tudo com a barriga e ficar patifando na cama até as três da tarde. Até pra praia ando preguiçosa, onde é que já se viu isso? Preguiça de caminhar duas quadras e colocar calmamente uma cadeira na areia morna, debaixo do sol.
E tudo isso obviamente não é sem contra-partida. Meus ombros ficaram imprestáveis, tamanho o peso da culpa sobre eles. A casa badernadinha, sujinha, tudo meio fora de seu lugar, precisando duma atenção, e eu lá, dando tratos à NADA. Às novelas e à tv no volume mínimo, pra ser mais exata. Dando tratos a filme, chopinho, planos de viagem, joguinho de computador que só faz esculhambar com meu braço.
Mas com o início de tudo de novo, há de voltar ao normal. Estou ansiosa para virar uma fazedora de tese clássica, daqueles compulsivos, anti-sociais, neuróticos, insuportáveis. Pelo menos assim a culpa é minimamente justificada.

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