Wednesday, January 31, 2007

Until it sleeps

* THE FOLLOWING TAKES PLACE BETWEEN 12 AM AND 8 AM*

Bocejo. Graças a Deus hoje o remédio há de funcionar. HOJE há de funcionar. Duas noites sem dormir não vai dar. Bocejo novamente. Desligo o DVD. O jornal nem começou ainda. Desligo a tevê. O escuro toma conta do quarto, meus óculos dormem no travesseiro, os controles que parecem vagalumes gigantes na cama. A porcaria do esmalte não secou de todo ainda. Começo a ficar irritada com isso. Acomodo a cabeça no travesseiro, macio e firme, o cheiro dos meus próprios cabelos me acolhe. Fico observando a tênue luz que entra por baixo das cortinas que balançam de leve, de leve, pela brisa que entra na fenda da janela. Não consigo decidir: é preciso ligar o ventilador? Se ligar, vou me cobrir. Não ficarei com calor então? Viro para o outro lado e acomodo a curva do pescoço no travesseiro. Abraço. Não, não vou ligar. Deixa pra lá. Minha garganta já está estranha, com vento vai piorar. Suspiro. Ligo a tevê de novo. O jornal não começou ainda. Desligo. Viro pro outro lado.
***
Será que está quente o suficiente pra ligar o ventilador? Sei lá, com esse ventinho parece que vai chover. Viro. reviro. De bruços. Para cima. Que horas serão? Não olho. (repeat at least 5x)
***
Hum. Começa a clarear. Quanto tempo dormi? ou melhor: quanto tempo fiquei acordada nessa noite sem fim? O despertador toca. Eu peço só mais dez minutinhos. Eu pediria mais dez minutinhos para sempre, se pudesse dormi-los. Mas são oito horas, e é preciso levantar. Espirrando e tossindo. O dia vai ser longo e febril.

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