Book of days
- Por que não está na biblioteca? - perguntei, de repente.
Ele levantou os olhos.
- Hoje é quarta, a biblioteca não abre.
- Ah. Há quanto tempo trabalha lá?
- Três anos. Antes, fui da biblioteca de Nîmes.
- É a sua profissão? Bibliotecário?
Ele me olhou de soslaio, enquanto acendia um cigarro.
- É. Por que a pergunta?
- Porque... não parece bibliotecário.
- Pareço o quê?
Examinei-o. [...]
- Gângster - respondi. - Só faltam os óculos.
Jean-Paul sorriu de leve e soprou a fumaça do cigarro, formando uma cortina azul em volta do rosto. - Como é que se diz nos Estados Unidos? "Não julgue o livro pela capa."
Retribuí o sorriso: - Touché.
CHEVALIER, Tracy. O Azul da Virgem. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p. 60-61.
Ele levantou os olhos.
- Hoje é quarta, a biblioteca não abre.
- Ah. Há quanto tempo trabalha lá?
- Três anos. Antes, fui da biblioteca de Nîmes.
- É a sua profissão? Bibliotecário?
Ele me olhou de soslaio, enquanto acendia um cigarro.
- É. Por que a pergunta?
- Porque... não parece bibliotecário.
- Pareço o quê?
Examinei-o. [...]
- Gângster - respondi. - Só faltam os óculos.
Jean-Paul sorriu de leve e soprou a fumaça do cigarro, formando uma cortina azul em volta do rosto. - Como é que se diz nos Estados Unidos? "Não julgue o livro pela capa."
Retribuí o sorriso: - Touché.
CHEVALIER, Tracy. O Azul da Virgem. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p. 60-61.
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