Sunday, September 02, 2007

The end

Entretanto, antes de chegar ao verso final já tinha compreendido que não sairia nunca daquele quarto, pois estava previsto que a cidade dos espelhos (ou das miragens) seria arrasada pelo vento e desterrada da memória dos homens no instante em que Aureliano Babilonia acabasse de decifrar os pergaminhos e que tudo o que estava escrito neles era irrepetível desde sempre e por todo o sempre, porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra.

Me calei e fiquei abestalhada olhando para os Cem Anos de Solidão, fechados em minhas mãos. Que prodígio da palavra.

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E o trecho da meditação do dia:
Na maioria das vezes, estamos tão ocupadas nos protegendo que não ousamos correr o risco de deixar as pessoas saberem que não somos perfeitas. É claro que, normalmente, somos as únicas a serem enganadas por essa nossa invenção, mas somos levadas a acreditar que os outros também se enganam com ela.

***
Acabei uma maratona de sete eventos em dois dias. Tô morta, mas ao fundo me parece que está Falcão cantando "valeu a pena, ê ê".
É bom retomar contatos e perceber que as pessoas estão felizes com a nossa presença.
E hoje, em especial, foi o dia dos aniversários - três, para ser mais exato (e não vale desejar ter mais desejos! só isso! três! uno-dos-tres, sem reembolso e nem devolução)
ai. acho que tem dois perpétuos sentados aqui, um de cada lado. O Sonho à esquerda, e Delirium à direita, digitando junto comigo.

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