Holding out for a hero
(Só porque era o que tocava aqui agora)
Passei cinco anos miseravelmente confusa a respeito das escolhas profissionais que tinha feito. Estava praticamente desistindo e reconhecendo que tinha feito uma cagada, que devia fazer outra coisa sob pena de ser para sempre infeliz.
Mas eis que Deus não joga dados.
Levei cinco anos. Cinco anos e meio, pra ser mais exata, pra descobrir que não, não fiz uma cagada. Só estava nos lugares errados convivendo com gente errada.
Sem o menor medo de cair num papo auto-ajuda-brega-e-chato-sem-fim, nunca me senti tão feliz por estar viva.
Nunca me senti tão bem com o simples fato do sol estar quente, ou morno, ou chover, ou descobrir às três da tarde duma quinta feira que bate sol dentro da minha casa em fins de outubro.
O vento no rosto, a ventania do ônibus correndo no Aterro, me faz fechar os olhos e ficar redesenhando o Pão de Açúcar, o contorno, o céu azul brilhante e limpo.
E lá de cima, aquele mocinho de braços abertos que nunca sorri me olha aqui embaixo, aprontando das minhas. Acima dele, só o sol lindo, lindo, que não precisa nem da praia nem de nada mais pra ser perfeito.
Passei cinco anos miseravelmente confusa a respeito das escolhas profissionais que tinha feito. Estava praticamente desistindo e reconhecendo que tinha feito uma cagada, que devia fazer outra coisa sob pena de ser para sempre infeliz.
Mas eis que Deus não joga dados.
Levei cinco anos. Cinco anos e meio, pra ser mais exata, pra descobrir que não, não fiz uma cagada. Só estava nos lugares errados convivendo com gente errada.
Sem o menor medo de cair num papo auto-ajuda-brega-e-chato-sem-fim, nunca me senti tão feliz por estar viva.
Nunca me senti tão bem com o simples fato do sol estar quente, ou morno, ou chover, ou descobrir às três da tarde duma quinta feira que bate sol dentro da minha casa em fins de outubro.
O vento no rosto, a ventania do ônibus correndo no Aterro, me faz fechar os olhos e ficar redesenhando o Pão de Açúcar, o contorno, o céu azul brilhante e limpo.
E lá de cima, aquele mocinho de braços abertos que nunca sorri me olha aqui embaixo, aprontando das minhas. Acima dele, só o sol lindo, lindo, que não precisa nem da praia nem de nada mais pra ser perfeito.
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