Monday, October 30, 2006

Porto Alegre é demais

* excluindo TODA E QUALQUER conotação fogaciana nesta afirmação.

Porto Alegre é que tem
Um jeito legal
É lá que as gurias etc. e tal
Nas manhãs de domingo
Esperando o Gre-Nal
Passear pelo Brique
Num alto astral
Porto Alegre me faz
Tão sentimental
Porto Alegre me dói
Não diga a ninguém
Porto Alegre me tem
Não leve a mal
A saudade é demais
É lá que eu vivo em paz (ou não)
Quem dera eu pudesse
Ligar o rádio e ouvir
Uma nova canção
Do Kleiton/Kledir
Andar pelos bares
Nas noites de abril
Roubar de repente
Um beijo vadio

Isto é Porto Alegre. E muito mais. E xis do Cavanhas, cerveja e não chope, andar a pé, escadaria da 24 de maio, Dr. Jekyll. Chorar na chegada, avistando da janela, e na saída, olhando desaparecer atrás da asa do avião.
Sem falar, evidentemente, do anti-histamínico de lei pra dar uma controlada nos espirros.
E na Feira do Livro, que finalmente parece transitável sem a praça de alimentação e o pavilhão de autógrafos no meio do caminho. Linda, linda.

***
GRAU ONÍRICO: ZERO
Táxi saindo do centro do Rio de Janeiro, segunda feira quente, quase sete da noite. A pessoa doente pra ir pra casa de onde saiu três dias antes e agora volta com vinte quilos de bagagem.
- A senhora viu o Fantástico ontem?
- Não.
- A Regina Casé foi na periferia de Porto Alegre, eu não sabia que lá favela se chamava de vila.
- Ah, sim.
- Ela foi na Vila da Maria Degolada. Tem até altar pra Maria Degolada, né?
- É, sim.
- Poxa, descobri que foi um policial que cortou o pescoço dela... que sujeito cruel!
(Vira pra trás rapidamente)
- A gente aprende um MONTÃO vendo tevê, né não?

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