Friday, March 31, 2006

O Orkut é f***

Sorte de hoje:
O nosso primeiro e último amor é... o amor-próprio

Sou fã dos Freires

Paulo e Roberto Freire. Nadaver um com o outro, até onde eu sei.
Mas tudo a ver nas minhas idéias de ultimamente.
Ambos são educadores (em certo sentido), libertários (em certo sentido), revolucionários e completamente malucos (em todos os sentidos).
Vale a pena conhecer.

Thursday, March 30, 2006

It's raining, men

Desde ontem. Ou melhor, desde as duas da madrugada.
Caiu a maior água, depois ficou chovendo pra molhar bobo quase o dia todo.
Dia chatinho, cinzentinho. E fresquinho. E quando eu digo fresquinho, quero dizer que deu pra usar camiseta sem passar calor...

Wednesday, March 29, 2006

Pra não dizer que não falei de flores

Só pra não cometer uma baita injustiça: hoje continuei na minha odisséia atrás de livros acadêmicos pelas livrarias desta cidade. E pra não apelar pra Fnac, que fica láaaaaa do outro lado do mundo, fui na Prefácio, bem à mão ali em Botafogo.
Tá, eles já começam perdendo alguns pontos porque não tem terminal de auto-atendimento. Mas aí fiquei um bom tempo perdida naquelas estantes de tantos títulos e assuntos interessantes antes de tentar falar com um atendente – que, aliás, ostenta um bottonzinho meio pequeno pra podermos identificá-lo no meio do povo.
Mas aí fui falar com o atendente. Comecei pelo simples. Pedi assim: “eu estou procurando um livro do Norbert Elias, é uma biografia do Mozart”. E ele instantaneamente replicou “Esse eu tenho” e saiu em direção à estante de sociologia, que eu tinha acabado de olhar. Cá com os meus botões, praguejei. Mas surge ele com o livro, escondido numa sombra invisível para qualquer um que não sente no chão. Sensacional.
Aí saquei da minha listinha e o milagre se fez. Ele não tinha nenhum dos outros livros, mas chegou ao requinte de ouvir “Identidade cultural na pós-modernidade” e replicar “É do Stuart Hall, né? Esse eu encomendei e chega amanhã”. Dos outros, dois ele já teve e se prontificou a encomendar. Muito eficiente, esse Roberto.
Ah sim, e continuando a propaganda não solicitada mas de bom grado feita: a Prefácio é uma graça, o clima é muito legal e eles tem um café ótimo.

Tem um gato me olhando

Ou melhor, acho que é uma gata.
E ela é igualzinha a minha pequena, só que ao invés da minha pequena que enfiou o narizinho no nanquim, esta daqui foi fuçar num pote de mel e ficou com a carinha amarelinha.
Venho descobrindo a pequena população felina que faz parte da minha vizinhança. Já contei uns seis, a saber: o Garfield, um lindo gato amarelo peludão, a Selina, siamesa de quinta, a minha pequena Poosha de nariz amarelo de mel, um gato preto acinzentado, um malhado de preto, outro malhado de amarelo. É óbvio que os nomes fui eu quem deu. E me parece que perdi um ou outro vizinho nesta contagem.
Eles ficam passeando pelo telhado logo aqui embaixo. Minha esperança é que algum dia um deles tome um super impulso e venha pular aqui na minha janela. Aí vou ter que prendê-lo por invasão de domicílio.
Hoje fui ali ver a quantas andava a chuva que ameaça cair desde ontem e dei de cara com a Poosha, que me olhou, muito séria, quando funguei na primeira lágrima de saudade. E ficou me olhando, aqueles olhinhos verdeamarelinhos sobre o focinho dourado.
Estou seriamente aventando a possibilidade de ir descobrir de quem são todos eles. E de seqüestrar uns dois ou cinco. :)

Tuesday, March 28, 2006

A dor e a delícia de ser o que se é

Dia quente, como todos os outros neste último mês.
Resolvo tentar cumprir parte das minhas obrigações com as leituras acadêmicas - principalmente depois da confirmação que sim, serei uma pobre bolsista.
E cometo a gafe terrível de ir na Livraria Saraiva do Rio Sul.
Além de não existir NENHUM terminal de consulta funcionando, o que me obrigou a procurar uma atendente para me ajudar a localizar os quase dez livros que queria, a dita cuja insistiu em escrever errado o primeiro título que dei. E isso que não era nada complexo. Eu só pedi por "identidade cultural".
Fora que eles conseguem a façanha de usar um critério diferente de ordenação para cada estante. Ora é pela inicial do autor, ora pela inicial do sobrenome, ora pelo título, ora por assunto e dentro do assunto por autor, ora pela vontade do atendente, ora jogando nos búzios. Só pode.
Agradeci e fui embora, rumo a outra livraria que eu acreditava ser mais qualificada. Fora do shopping, que é enorme mas só tem uma, repito, UMA livraria.
Não vou nem dizer o nome da segunda que fui, só digo que é famosa, fica na Ataulfo de Paiva e funciona 24 horas.
Lá também não há sequer um terminal para que o cliente possa saber de si e do seu livro procurado, forçando-me a pedir ajuda ao atendente.
Que foi, com o perdão da classe dos atendentes, tão ignorante quanto a média dos que já me atenderam.
A pobre Freda Indursky virou Indusque na busca. Castells, ele conseguiu escrever de três jeitos errados até acertar. Stuart Hall, eu preferi pedir pelo título, que ele também conseguiu errar. Detalhe importante: eu tinha um papel escrito na mão onde apontava o que estava procurando.
Mas, para meu alívio, um dos livros que pedi estava em estoque! Pelo menos, foi o que o monitor disse até a atendente ligar para lá, pedir pelo título errado e me dizer, obviamente, que não tinha o livro. Reparem que ela conseguiu errar um título dito "Mozart: sociologia de um gênio".
Daí desisti.
Resumo: saí de lá com duas revistas de mulherzinha (a saber: a Nova e a Elle, esta última com o muito babável, pra não dizer outra coisa mais explícita, Kiefer Sutherland) e um maravilhoso Nietzsche em 90 minutos - ou, como eu carinhosamente apelidei a série, Nietzsche para débeis. :)

Agora começa o manifesto.
Por que, meu Deus, por que é que atendente de livraria tem de ser tão ignorante??
Por que é que as livrarias não cometem a inteligência suprema de instalar muitos quiosques de auto-atendimento, poupando-se do constrangimento de ver cliente não voltar por conta do atendimento estúpido de um desqualificado?
Por que é que ninguém se dá conta de que é exatamente por isso que as livrarias online explodiram - porque justamente eu sei melhor do que ninguém o que é que estou procurando?
Por que, por que, por que?
Só pra não dizer que não conheço nenhuma livraria digna de respeito, conheço só uma.
E adivinhem. O dono dela é um bibliotecário.
Ela se chama Palavraria e fica na minha Porto Alegre querida, no meio de um bairro com muito fervo, do lado de uma baita videolocadora. Além de ser um espaço maravilhoso para eventos e contar com um café delicioso, a livraria está sob a batuta do Carlos, que é, fora de brincadeira, um dos melhores profissionais que conheço. E não se mixou de ir para um espaço mais "comercial", para além das estantes classificadas, catalogadas e etiquetadas das bibliotecas. O Carlos trata cliente como leitor, vai atrás, usa seus invejáveis contatos e, shazam, consegue o livro pedido, pra hoje ainda, se duvidar. Isso sem falar na memória privilegiada dele, que vasculha as estantes da livraria e cata, lá de longe, pela lombada, o livro que está sendo procurado.
Pois é, sem ser muito classista mas já sendo, devia ter um bibliotecário em cada livraria. Pra nos livrar do mal do mau (e ignorante) atendimento. Sad but true.

Sunday, March 26, 2006

Rio 27 graus

Quando à meia noite de sábado os termômetros marcam 27 graus, e as cortinas balançam de um vento que a gente bem sabe de onde vem, está óbvio: impossível amanhecer um domingo de sol.
Parece até que o outono chegou. Pela primeira vez em muuuuito tempo, deu até pra sair de calça e casaquinho na rua. Tem um ventinho de chuva e umidade fresquinha por tudo. Que beleza.

Poeminha que não me sai da cabeça

Pode ter alguns erros de citação, já que copiei da web e arrumei algumas coisas, mas é quase isso:

Gadêa, Lubicheck, Sebastião, Lobo Alvim
Ah, meus velhos camaradas
Aonde foram vocês? Onde é que estão
Aquelas nossas ideais noitadas?

Fiquei sozinho.. mas não creio não
Estejam nossas almas separadas
Às vezes sinto aqui, nessas calçadas
O passo amigo de vocês... E então

Não me constranjo de sentir-me alegre
De amar a vida assim, por mais que ela nos minta
E no meu romantismo vagabundo

Eu sei que nesses céus de Porto Alegre
É para nós que ´inda São Pedro pinta
Os mais belos crepúsculos do mundo!

Isso sim é que é um Quintana 12 anos legítimo.

Tuesday, March 21, 2006

Outono carioca (ou: coisas que só acontecem aqui)

Na primeira manhã de outono do ano de nosso Senhor de 2006, fui à praia debaixo dum sol escaldante de muito mais de 30 graus.
A água estava tão gelada que não deu pra passar da canela.
Depois, à tarde, ao me descolar para minhas obrigações estudantis, dou de cara na porta e descubro que a gloriosa responsável pela minha matrícula fez o favor de me informar o horário errado. Ou seja, perdi a aula enquanto torrava no sol.
Tomei um sorvete de crocante que tinha castanhas e amêndoas inteiras.
Já tenho um telefone fixo.
E o outono, aquele de noites fresquinhas e casaquinhos, nada de aparecer.

Friday, March 17, 2006

Troféu Simpatia do mês

Vai para Jutta Wasserrab, jornalista alemã que é uma simpatia. Sorte de quem conhece.

Wednesday, March 15, 2006

Números, números, números II

Março (mês 3) é assim:
Achei meu apartamento num dia 13. O número do apartamento é 313, terceiro andar.
Assinei o contrato no dia 15. O apartamento tem 3 quadros pequenos sobre a guarda da cama, 3 tapetes velhos no banheiro e 1 quadro enorme e brega de tapete na sala.
Dia 12 foi dia do bibliotecário. Passei o dia com mais 1 bibliotecária.
Estou inscrita em 3 disciplinas, 3 dias por semana.
Já ganhei 3 pares de sapatos, 3 blusinhas da Mercatto, 3 blusinhas da Renner. Também ganhei 1 bermuda, 1 casaco, 1 calça e 1 vestido de arco-íris lindo.
Estou há 3 dias com um torrão doendo nas costas.
Em 3 dias, eu só tomei chimarrão 1 vez. Mas tomo 3 cafés por dia.
Vou jogar no bicho 1 e 3, e vou ganhar de vocês.

Tuesday, March 14, 2006

Relatório do dia

Dia de muuuuita pernada hoje.
Depois de fazer minha matrícula tão sonhada e ir conversar com a dona do almejado apartamentinho, ficamos perneando muito tempo por Copacabana e suas lojinhas cheias de fru-frus e sandálias lindas e que cabem super bem no pé mas nem tão bem no bolso...

Quem é Vivo sempre aparece

A Vivo me racha a cara.
Hoje, depois de dias sem conseguir efetuar e/ou receber ligações, fomos à loja da Vivo para ver o que acontecia com o celular da minha mãe.
Ao chegarmos lá, ligamos para um maravilhoso número de central que nos informou, depois de uns sete ou oito minutos de espera com musiquinha, que o celular dela não funciona no Rio de Janeiro porque não existe mais a tecnologia TDMA aqui.
A solução? Comprar um celular novo. Óbvio.
A cara-de-pau desta empresa chega a ser comovente.

Monday, March 13, 2006

Tema de casa feito

Taí a letra da música do Tom Jobim:

Olha que amor, Luciana
É como a flor, Luciana
Olhos que vivem sorrindo
Riso tão lindo
Canção de paz
Olha que o amor, Luciana
É como a flor que não dura demais
Embriagador
Mas também traz muita dor, Luciana

Loiraça belzebu

Sou eu.
Uma cabeça loira (pero no mucho, não se preocupem) num corpo torrado pelo sol inclemente de Copacabana no domingo ao meio-dia. ;)
O fps30 não deu nem pro cheiro...
Pelo menos dá pra se divertir imaginando o que são as manchas...
as das costas eu já inventei que são asinhas diabólicas.

Saturday, March 11, 2006

Ser mãe é padecer no paraíso

Literalmente.
Minha mãe chegou na quinta feira, depois de um vôo cancelado e um atraso de vinte minutos no vôo que pegou.
Trouxe junto metade da minha mudança e 18 quilos de excesso de bagagem, muito bem distribuídos em quantidades exorbitantes de chocolates e bobagenzinhas européias e um glorioso pote de 750 g de Nutella italiana, legítima. Uhuuu!
Veio com a missão de me ajudar na ingrata tarefa de alugar um apartamento na Cidade Maravilhosa.
Enquanto isso, padecemos, ela e eu, nuns colchões com inacreditáveis tábuas no meio. Dá pra acreditar?
Mas ser mãe não é só dormir na tábua. Também dá pra visitar uns lugares legais e tomar um chope gostoso de frente pra praia de Copacabana na noite calorenta enquanto o jet lag da viagem interatlântica não passa direito.

Thursday, March 09, 2006

Genealogias...

Acabo de receber, por e-mail, uma biografia com a "genealogia" do Tom Jobim. Na verdade, uma árvore de costados dele.
Descobri muitas coisas interessantes: o pai dele era gaúcho, a mãe tinha olhos verdes luminosos. O pesquisador continuou até mais ou menos o século XVI vasculhando as origens do Tom. Mas o que eu mais gostei e não sabia é que ele compôs uma música, com o Vinícius, chamada "Luciana". ;) Ou será a "Cantiga por Luciana" da Evinha que eu gosto tanto? Tema de casa.

Memoires of a kobold ;)

Ainda não consegui resolver se acho isso bom ou ruim, mas o fato é que mudanças sempre trazem à tona umas coisas que a gente achava que tinham se perdido no limbo ou ido para uma doação qualquer.
Eu acabei vasculhando backups antigos e (re)descobri coisas muito legais. Uns joguinhos bestas, uns ppts engraçadinhos... mas principalmente uns escritos, meus e de outras pessoas, muito legais. Até que fiquei com vontade de fazer uma forcinha pra escrever de novo.
Enquanto a inspiração não vem, vou ver se publico aqui algumas coisas. Foi estranho ler de novo tudo aquilo e perceber que a nuvenzinha pretinha vem comigo há muuuuito tempo... sei lá. Achei minhas coisas meio densas. Mas esperar o que de mim, fã do Caio F.?

Números, números, números

Para chegar até aqui, andei 4 quadras e cruzei com 3 bixos da UFRJ: duas meninas da Farmácia e um menino da Engenharia Mecânica.

Meu login no cybercafé é 12083562.

Dia desses, estava vendo aquele programa ótimo da Leda Nagle na TVE. Ela conversava com uma numeróloga e o número do ano da pessoa, que se calcula somando os dígitos do dia, mês e ano do último aniversário da pessoa. Num exemplo, um senhor tinha como número 5, que segundo ela era o número da grande mudança.
Eu fiz as minhas contas e meu número, a partir de maio, vai ser 5.
Agora, fica a pergunta: se este meu primeiro trimestre foi tudo isso, vai sobrar o que pra grande mudança do 5??

Wednesday, March 08, 2006

Cari-oca

Cari-oca. A casa do homem branco, segundo a minha querida Ana Carolina.
Pois é. E eu que achei que nunca ia ter um blog.
Mas, a-pedidos, tá aqui. Vamos ver até onde esse brinquedinho vai.