Tuesday, October 30, 2007

Blowin' in the wind

Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando.
Ana Terra estava coberta de razão.

Hoje, foi o vento que levou parte da minha angústia, das minhas inquietações, dos meus medos e do meu desencanto.
O resto... nada que o bowling das segundas não desse conta. E que um messenger afiado - pontual e imprescindível - não desse conta.

É a chuva vindo, eu sei que vem.
E vem com aquele ar de feira do livro.

Monday, October 29, 2007

Echoes

Se Carpinejar não existisse, eu pediria a Deus pra inventá-lo.
Que outro teria o timing de publicar no dia de hoje a frase "O homem quando quer é pródigo em patifarias. Quando não quer também"?

Ao mesmo tempo, recebo Almir Sater e sua "As luzes da cidade não espantam a solidão".

É o universo conspirando, ecoando, ribombando e só eu não escuto.

I don't like mondays

Sete da manhã, eu já estou acordada há mais de duas horas e dormi menos de três.
Welcome to a brand new week.
Assistindo Sideways com um dor de cabeça despontando em algum lugar desta cabeça de osso pra sopa.

Friday, October 26, 2007

Just a friend of mine

Alguém pelamordedeus me prende no pé da mesa?
Começou esse barulho de chuva e eu estou com o pé que é um leque pra ir pra rua.

Feedback song for a dying friend

(ou não)

Achei numa agenda velha. E me lembrei de alguém.
Copiei do banheiro da universidade há, uh... nove anos.
Mas vou me dar ao luxo de contar com o Google velho da vida... que me permite a chance de publicar a versão certa, e não o que copiei ipsis literis e analfabetamente.

My death waits there, in a double bed
Sails of oblivion and my head
Let's not think about
The passing time.

But whatever lies behind the door
There is nothing much to do...
Angel or devil, I don't care
For, in front of that door...
There is you.

The finish line

Sorte de hoje: Uma boa época para concluir tarefas inacabadas

Hahaha. Sério?

Where the streets have no name

Idéias borbulhando nesta cabeça oca e eu procurando um nome para um virtual novo blog.
E, SHAZAM!
TODOS os que eu penso estão ocupados. E invariavelmente por um idiota que postou uma vez ou duas, há milênios atrás.
Ai meus sais.

Stupid girl

Será que é condicional pra atendente de call center ser burro?
Não é possível. A tapadice dessa gente chega aos píncaros da honra humana. Não dá pra crer que uma pessoa seja estúpida daquela maneira de graça.
E antes que me perguntem: pelo amor de Deus, façam o que fizerem, mas NUNCA liguem pro call center da Webjet - a não ser que estejam precisando de emoção.

Thursday, October 25, 2007

Champagne

Diazinho infame. Chovendo o tempo todo, mal acordado, quase mal humorado, corrido, desconfortável.
Depois da maratona de entrega dos copiões, resolvo passear no shopping quase-novo que ainda não tinha checado.
E achei que eu merecia um momento Suntori.
Sentei num bistrozinho com um pianista. Pedi um sanduíche de salmão defumado, uma água e uma baby Chandon rosé.
E em cinco minutos virei a atração do staff da casa. Por algum motivo, achei que eles estavam disputando pra ver quem é que ia me atender - a única mulher sozinha.
Tudo ótimo, tudo lindo, tudo delícia.
Só faltou alguém pra sentir o mesmo gosto das coisas e sair depois na mesma chuva fina, também redimido desse diazinho medonho.

Like a tattoo

No almoço:
se você soubesse o que faz uma tatuagem num homem...
Chegando em casa:
deixa eu lhe perguntar uma coisa. você tem uma tatuagem, né? Essa tatuagem é símbolo de alguma seita?

Wednesday, October 24, 2007

War

Clarah Averbuck, matando a pau as usual.

as coisas sem embolam,
as frases se encurtam,
a vida se confunde com a ficção e as pessoas se vão com meus olhos no bolso.
mancho meus dedos no asfalto sujo, entro nas guerras que me declaram e penso então vamos,
que eu não sou de negar uma boa briga.

e já vou avisando que não me importo de perder se for para ficar aos seus pés.

A Arca de Noé

Daqui a pouco certamente Noé em carne, osso e barbas vai passar pela Rio Branco.
Desde ontem choveu o equivalente a QUARENTA E CINCO dias nesta cidade.
Tá bom?

Tuesday, October 23, 2007

Corpo e alma

Eu me lembro perfeitamente do dia em que ele surgiu concretamente na minha vida, além daquela barriga que crescia.
Me lembro da minha própria euforia, berrando e pulando pela casa "MEU IRMÃOZINHO ESTÁ CHEGANDO!!"
Me lembro da expectativa para poder vê-lo. Dias e dias de espera, aquele hospital insuportável onde eu não podia ir. Era MEU irmão. E eu o QUERIA.
Me lembro de pegá-lo no colo, do cheiro da sala, do sofá verde onde sentei para não derrubá-lo.
E agora, me lembro dele me tirando do chão, rindo comigo, me "protegendo" dos marmanjos em pleno Opinião, comendo cachorro quente de rua, e todas aquelas coisas que eu tanto quis e ainda assim não acho que foram suficientes. Só que ele tá lá, a 1500km de mim. Ou eu estou a 1500 km dele, vinte e um anos depois?

Quando eu era assim
Bem menor
Não tive afim, sei lá
De pensar em nós
Agora eu sei e entendo melhor
Vidente eu li no céu
Vai por mim, somos corpo e alma
Meu irmão, meu par

Quando a solidão
Se enredar em ti
E o coração dançar
Conta comigo
Eu quero estar, viu
A teu lado
E haja o que houver
Junto a ti, feito corpo e alma
Meu irmão, meu par

Sei que a vida vai aprontar
E o que vier, azar
A dois é fácil segurar
Se Deus deixar, viu
Meu amigo
Vou sempre estar aqui
Junto a ti, feito corpo e alma
Meu irmão, meu par

Happy B-day, bro.
I wish a TRULY HAPPY birthday.

Drive

Who's gonna drive you home tonight?

Estou quase QUASE QUASE MESMO convencida de que nunca mais vai ser quem eu quero na hora de ir embora.

Encontros e despedidas

Fudeu.

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

Vizinhos, aguentem.

Monday, October 22, 2007

É uma partida de futebol

Atrasado e incompleto pela total falta de saco, mas lá vai meu comentário sobre o jogo recorde de público deste Brasileirão: não vou mais a estádio. Pelo menos não em jogo concorrido.
Porque a torcida parece que legitima as pessoas a virarem bestas. Galinhas empoleiradas naquelas porcarias de bancos, ao invés de sentarem. E quando o primeiro babaca levanta e sobe na cadeira, pronto, tá feito o estrago e ninguém mais consegue ver nada se não estiver em pé, mal-educadamente com suas patas imundas sobre as cadeiras.
Estar numa torcida em estádio lotado supre o sujeito de super-poderes verborrágicos e apaga da sua conduta qualquer vestígio de civilidade. Legal é ser escroto e chamar as torcedoras do outro time de "piranhas", enquanto cospe, joga cerveja na cabeça dos outros e manda o universo tomar no cu. Tudo isso porque tem alguém por perto que ousa não torcer para o mesmo time. E ainda tem os idiotas, ou corajosos, ou sem-noção, que carregam crianças, até de colo, pra esse espetáculo deprimente da natureza humana aflorando. Não vou me admirar se um dia aparecer algum imbecil com um tacape - nada seria mais apropriado.
Aquele clima de hostilidade que deixa todo mundo tenso, e um policial a cada cinco metros com um cassetete pronto pra atacar. E aqueles cachorros presos por uma cordinha.
Em resumo: a torcida do futebol brasileiro dá o atestado de burrice mais elementar, e eu realmente não tenho porque me sujeitar a isso.

Corazón partío

A Paradiso me arrasa. Emendar Corazón Partío com o Lenny Kravitz cantando "Can't get you off my mind" foi pra acabar com minha segunda feira.

Friday, October 19, 2007

I don't want to miss a thing

Tanto não quero que junto todas aqui em casa, até ficar no limite do suportável.
Aí bate a zica e começo a tentar organizar o caos.
Sintomático... final se aproximando...
Achei mais uma das zilhões de anotações que faço. Estas duas são de Ronaldo Santos, mas não me perguntem mais de onde tirei que não lembro. Acho que é de um livro sobre uma trupe de poetas que incluía o Chacal, mas não sei mesmo.

Entrada Franca

a loucura andou me procurando
bateu à minha testa
baralho de pensamentos
a loucura andou me procurando
rondou minha casa
largou-me entre deus e o diabo
e depois foi embora.
não me amou.
o louco dentro de mim não me quis
apenas mandou mudar a realidade.

***

sou senhor de mim mesmo
não sou dono dos meus desejos
às vezes bato na porta errada
às vezes sou a favor da porrada
vez em quando sou carinhoso
às vezes não sou de nada

Thursday, October 18, 2007

Ice ice baby

E o troféu frase do dia vai para Xico Sá, pela pérola:

Se a vida dói, drinque caubói.

Final countdown

Agora é oficial. Em menos de um mês e meio, vai acabar.
Contem comigo: cinco de dezembro está próximo.

Tuesday, October 16, 2007

Estrela, estrela

Quantas vezes a gente tem o privilégio de ver a mesma música interpretada por três irmãos em duas semanas?
Eu tive. No dia 3, vi Vitor Ramil cantando "Estrela, estrela", e me derramei toda. E hoje vi os mais velhos, Kleiton e Kledir, num show impecável e inesquecível e maravilhoso e tudibom em que quase me escangalhei rindo, chorando, gargalhando e/ou tudo junto ao mesmo tempo. Além da Estrela, Estrela, as obrigatórias Paixão (Kledir matando a pau sozinho no palco), Maria Fumaça, Deu pra ti, Canção da Meia Noite... e por aí afora. E uma versão linda-linda de "Bridge over troubled water" que me arrasou de vez. E as piadas dos pândegos capazes de falar em Faxinal do Soturno num show no Canecão.
Fora que tive a chance de conhecer umas meninas sensacionais. Bom é aprender todo dia. A lição de hoje se chama "Chicas". Procurem. São umas pérolas.

The book of love

Roubei a idéia da Ana.
Mas não tenho culpa nenhuma se o livro que estava ao meu lado era um Gabo, perfeito e impecável em seus cien años de soledad.

"Foi uma suposição tão nítida, tão convicente, que ela a identificou como um presságio."

Monday, October 15, 2007

A maçã

Quantos anos a gente pode ficar até que caia a ficha?
Talvez seja pela influência dos diários da Anaïs Nin. Não sei se eu conseguiria, mas acho que vou tentar. Até porque concordo em gênero, número e grau.

Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar...

Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais...

Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar...

Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...

Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...

Fênix

Enquanto Tati Bernardi descobre que as pessoas mais interessantes estão em casa, vou mais além: as pessoas que mais me interessam estão em Porto Alegre.
Porque é fácil se encantar pelo encontro, pela descoberta, pela estranheza. Difícil, e raro, e especial, é se encantar pelo reencontro, pela redescoberta, pelo reconhecimento de algo tão caro e precioso e guardado nalgum canto do lado esquerdo do peito, ou da
memória.
É fácil parecer bonito, e diferente, e novo. Difícil é parecer interessante para quem nos conhece há tantos tempos, e de tantas histórias, e de tantos encantamentos e outras vivências, e cumplicidades, e afetos.
E pior ainda é tentar sobreviver à (re)descoberta com essa distância, essa maldita distância que afasta o toque, o olho, o abraço, o cheiro, a risada... tudo isso adivinhado através das entre-linhas do texto que viaja quilômetros, só pra aumentar a sensação de lugar errado.

Pride

Pois é. Eu venho da universidade onde está um pesquisador envolvido na gênese do estudo Nobel de Física... blé.

Sunday, October 14, 2007

A thousand miles

Thousand miles, thousand thoughts, thousand things...
tudo é superlativo nestes tempos. Menos a capacidade de resolver.

Thursday, October 11, 2007

Walking wounded

Não adianta. Porto Alegre me leva.
Eu queria ter essa disposição pra caminhar lá no Rio, com essa chuvinha e esse quase friozinho. Ando, ando, ando, e em cada passo vou me alimentando desse tempinho, desse vento, desse ar.
Entro na livraria do Bomfim e aquele café me toma por inteiro. As comidas, as pessoas, o clima. Tudo que não me deixa em paz, como já diria Herbert Vianna.
Ando, ando, ando e penso. E pesco no ar: cidades são cidades. A gente gosta delas e ponto. E acaba se acostumando a palmilhar cada uma de vez em quando. Mas só uma é aquela em que a gente anda de cabeça baixa e óculos embaçado sem errar nenhuma esquina.

Tuesday, October 09, 2007

História de uma gata

Eu tava sozinha e tão longe da mamãe, parada no meio daquelas coisas pretas redondas que seguram aquelas coisas grandes que soltam fumaça e fazem barulho e andam muito muito rápido. De repente abriu aquele negócio lá e entraram sete gigantes! Um era o maior de todos, devia ser do tamanho de umas vinte mamães em pé, uma em cima da outra. Corri o mais que deu pra ver se eles não me enxergavam, mas um gigante daqueles falou com uma voz bem fininha "Lu, olha ali!! Ai, achei que fosse um rato!"
Pronto, eles me viram e eu tava bem no meio do caminho.
Aí aquele outro gigante veio chegando perto e mim e eu fui fugindo. E andando, e andando, e o gigante vindo atrás de mim. E de repente o gigante ficou menor, e daí parecia só umas quatro mamães, assim, de altura. E fazia um barulhinho gostoso que eu quase fiquei com vontade de ir lá cheirar o gigante mais de pertinho. Mas a mamãe um dia me disse pra não chegar perto de ninguém, e aí eu fui caminhando... e quando vi, zás. O gigante me pegou do chão com uma mão só!!
E me segurou bem perto dele. Eu morri de medo, mas dentro dele tinha um barulho que fazia "tum-tum, tum-tum", parecia um pouco com a minha mãe. E ficou me alisando, e eu fui até gostando, sabe? Só não gostei muito quando o gigante chegou bem perto do meu nariz com o nariz dele, me levantando no alto. Fiquei com medo daquilo. Mas até que o gigante era quentinho e macio. E a cor dele combinava um pouco comigo, só não com a minha barriga.
Mas aí o gigante me largou de novo bem do ladinho de uma daquelas coisas pretas redondas que seguram aquelas coisas grandes que soltam fumaça e fazem barulho e andam muito muito rápido... e entrou em outra dessas coisas e sumiu. E eu corri muito, chamando pela minha mãe, mas ela não veio...

Monday, October 08, 2007

The trouble with me

Deve haver algum, pra sonhar o que segue e ainda me achar normal:

Estou numa churrascaria mezzo chumbrega, numa festa de casamento. Almoço. Comigo numa mesa, alguém que eu não conheço e que se oferece pra ir buscar alguma coisa pra mim - agora não lembro mais, mas quando acordei era tudo muito vívido. A pessoa levanta enquanto eu passo o guardanapo de pano branco na testa e ele sai bege de maquiagem.
Sentam no meu lado da mesa um amigo da época da faculdade, deixando uma cadeira vazia, e a esposa ao lado dele. Do outro lado, dois amigos meus da época do colégio.
A esposa levanta e volta com um prato, e em cima do prato um bolo qualquer, desses redondos com furo no meio, tipo de laranja, glaçado e já fatiado - todinho. Ela senta e começa a fatiar as fatias, uma a uma, exatamente na metade.
Enquanto isso, eu e os meninos da mesa começamos a rir muito porque alguém - provavelmente eu - falei em Tucunduva e a graça era que nenhum carioca saberia o que é Tucunduva.
Nisso vem um garçom e me serve um salsichão, que eu experimento e está 100% impregnado dum gosto de vinho barato.

Love is a stranger

E pessoas também.
E sentir coisas pelas pessoas.
E esperar que as pessoas sintam.
Qualquer coisa.
E isso CANSA. Affe, como cansa.
Sick and tired de pessoas, de suas confusões, de relacionamentos, de tudo-tudo que envolva cérebros e sentimentos e ações e reações e julgamentos e dinâmica e mais de uma pessoa atuando.

Sunday, October 07, 2007

The big medley

Me pego discutindo teoria lingüística num final de domingo, e aprendendo gramática regular, e fazendo resumos, e escrevendo, e mil outras coisas...
enquanto penso no Manuel Bandeira.
Pensei num, fui procurar e veio outro que é também uma luva pra mim:

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
[protocolo e manifestacoes de apreco ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
[o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras, sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções, sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos, sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto nao é lirismo
Será contabilidade tabela de cosenos secretário do amante exemplar
[com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de
[agradar às mulheres etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que nao é libertação.


Mas enfim, cheguei nele procurando este:

ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas sao incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.


E ouso discordar.
Só acho que o difícil é corpos e almas se entenderem ao mesmo tempo.
Almas se entendem, mas não quando os corpos o fazem, eu acho.

Jornais

Aqui em Copacabana tinha um senhor que morava na rua.
Ele vivia sentado do lado da Ortobom da Nossa Senhora de Copacabana.
Ele tinha uma espécie de problema físico que não sei dizer qual era. Nunca soube direito como ele vivia, mas ele tinha umas canetinhas hidrocor com as quais fazia uns desenhos de pontilhismo que eram até legais, e vendia alguns pras pessoas que passavam. Eu me lembro de ter visto uma vez alguém dando um remédio a ele.
Mas de uns tempos pra cá, não o vi mais.
Por onde anda, será?
Se alguém souber, pode me dizer?

Saturday, October 06, 2007

Heal the pain

E djá, pelo amor de deus.
Isso aqui não pode ser só soma.
Ontem eu achei que tinha sido a estonteante combinação cerveja-chopp-ataques de tosse-asma que tinha me derrubado o dia todo.
Mas nada disso me deixaria inapetente até a madrugada.
E, acima de tudo, não me deixaria com uma PUTA DOR DE ESTÔMAGO hoje, o dia todo.
Some-se o piriforme se manifestando com frequência (síndrome de pc-addicted), os nós das costas queimando como se fosse cigarro, a péssima concentração, pescoço duro, tosse, pigarro, voz falhando, espirros ocasionais, dias e dias de sorine pra ver se dá conta do nariz entupido sem sucesso.
Por obrigação, consegui engolir um pãozinho com um pouco de margarina.
Sim. Alguém me interna ou vem me cuidar.

Final countdown

Sessenta dias...

Thursday, October 04, 2007

The sound of silence

Acordei assustada.
Um silêncio sepulcral à minha volta e eu não sabia onde estava.
Eram três da manhã e desde então não dormi de novo.
Aquele silêncio...

Wednesday, October 03, 2007

Satolep

Eis que um pedacinho de Satolep - o melhor pedacinho, diga-se de passagem - se instalou na baía. E levou consigo algumas das minhas lágrimas da semana, ao cantar "Estrela, Estrela". E levou também cinquenta pratas, que troquei pelo disco mais novo e pelo disco que tem aquela pérola da composição chamada "Semeadura".

Tuesday, October 02, 2007

Singing in the rain

A baderna da casa é tanta que eu perco meus guardanapos onde anoto as pérolas para não esquecer.
Mas aí dei de cara com essa que é sensacional, e só podia vir de uma das dragas.
- Meu filho, você é um tenor abaritonado.
- Não tia, eu sou é cachaceiro mesmo.

Sobre o tempo

O tempo passou e nem tudo ficou, neste ano.
Sobrou uma festinha pra comemorar os primeiros 365 dias de trabalho naquele que é o meu melhor emprego de todos os tempos.
E eu que tive medo.